Ioga Integral

O Ioga Integral de Sri Aurobindo, por ele chamado “Ioga da Auto-Perfeição” (Purna Ioga) é uma síntese da essência dos principais caminhos de Ioga indianos. Utilizando-se de métodos do Vedanta (psíquico-espirituais) e incluindo as metas do Tantra (deleite do Si cósmico na matéria), tem como objetivo a Perfeição Divina em um corpo humano divinizado, vivendo a vida cotidiana – a Vida Divina na Matéria. Como todos os caminhos de Ioga, a meta principal é a realização da unidade com o Divino pessoal, universal e transcendental. Como no Tantra, toma também como objetivo um deleite divino na matéria. Acrescenta como objetivo essencial a participação e responsabilidade do indivíduo no processo evolucionário da natureza, tornando este ioga um ioga Coletivo que busca a manifestação plena do Divino na matéria.

Educação integral

Decorrente da visão de Sri Aurobindo e formulada em  termos prático-vivencias por Mira Alfassa, A Mãe. Segundo ela, tal educação abrangeria os cinco principais componentes do ser humano: o físico, o vital, o mental, o psíquico e o espiritual. A educação integral visaria “a realização simultânea de dois movimentos interligados: de um lado, o ajudar o ser a encontrar sua lei de crescimento característica e missão central e caminho, e crescer de conformidade com eles; junto com isso fazê-lo ver e com força sentir a unidade que tudo forma e como cada um de nós, integrando esta unidade, é um de seus múltiplos elementos, minúsculo em relação à imensidade do todo e, no  entanto, indispensável para seu existir…” (Rolf Gelewski, 1977)

OS TRÊS PRINCÍPIOS EDUCACIONAIS DE SRI AUROBINDO

“O primeiro princípio do ensinar verdadeiro é que nada pode ser ensinado. O professor não é um instrutor ou um mestre de tarefas, ele é alguém que ajuda e guia. Sua tarefa é sugerir e não impor. Ele, no fundo, não treina a mente do aluno, apenas lhe mostra como aperfeiçoar seus instrumentos de conhecimento, e o ajuda e encoraja no processo. Ele não lhe transmite conhecimento, ele lhe mostra como adquirir conhecimento por si mesmo. Ele não faz aparecer o conhecimento que está dentro, apenas lhe mostra onde se situa e como se pode habituá-lo a subir à superfície. A distinção que reserva este princípio ao ensino das mentes adolescentes e adultas e nega sua aplicação à criança, é uma doutrina conservadora e não inteligente. Criança ou homem, menino ou menina, há somente um princípio sadio de bom ensino. A diferença de idade serve apenas para diminuir ou aumentar a quantidade de ajuda e guiança necessárias; não muda sua natureza.”