A CASA Sri Aurobindo é uma associação civil sem fins lucrativos, de caráter cultural, filosófico e de desenvolvimento espiritual, fundada em 1971 em Salvador – Bahia, por Rolf Gelewski.
É uma entidade que procura estar a serviço do ideal e trabalho de Sri Aurobindo e d’A Mãe, formada por pessoas que se abrem a eles e forte e conscientemente assumem este compromisso.
Atualmente, tem sua sede em Belo Horizonte – MG, à Rua Senhora das Graças, nº 16 – sala 110. Grupos de colaboradores livres localizados em diversas cidades do país constituem o corpo da CASA.
Isenta de caráter doutrinário, religioso ou sectário, tem por finalidade promover o livre desenvolvimento da consciência, através do estudo da concepção filosófica e formulação prática denominada Yoga Integral, por Aurobindo Ghose (Sri Aurobindo) e os ensinamentos de Mira Alfassa (A Mãe).
Este objetivo é buscado principalmente através da realização de um trabalho de auto-conhecimento e formação cultural baseado em tais ensinamentos, utilizando sobretudo o instrumental didático-pedagógico desenvolvido por Rolf.
Sua atividade principal nesta área é a promoção de eventos semestrais de âmbito nacional, os Encontros CASA, em janeiro, e a Semana Sri Aurobindo, em julho. Realiza também trabalhos regulares em sua Sede, em Belo Horizonte. Seu principal veículo de divulgação é a Revista Ananda, publicação periódica contendo textos de Sri Aurobindo, d’A Mãe e outros autores.
A CASA Sri Aurobindo foi fundada em 15 de setembro de 1971, por Rolf Gelewski, em Salvador – Bahia, como expressão da possibilidade de se aspirar, em grupo, a um sentido maior, universal de vida, com base numa intensificação e transformação de consciência, e para tal buscando orientação nos ensinamentos de Sri Aurobindo e de sua colaboradora-sucessora Mira Alfassa, chamada A Mãe.
É criada a partir da comunidade da CASA, formada por pessoas que, junto a Rolf, se dedicaram ao trabalho de tradução e divulgação das obras de Sri Aurobindo e d’A Mãe. Inicia-se o trabalho de tradução e publicação de Livros e a publicação da Revista Ananda. Rolf se dedica a um trabalho de expansão, desenvolve material didático próprio com base no conceito de Educação Integral e ministra cursos e palestras em diversas cidades do país. Núcleos e grupos de colaboradores livres são formados em muitas dessas cidades.
Em 1978 a comunidade da CASA foi deslocada para São José do Rio Preto – SP, onde aí permaneceu até 1980. A comunidade como tal deixa de existir em janeiro de 1980, tornando-se uma “comunidade livre” constituída por um número crescente de colaboradores e de pessoas afins. A Sede, denominada “Centro”, deslocou-se então para a cidade de São Paulo – SP, onde permaneceu entre 1980 e 1985.
Em 1985 deslocou-se novamente para Salvador, onde permaneceu até 1990 quando, a partir de um trabalho de Visão do Futuro, foi desmembrada em quatro Centrais: Administração, Educação, Publicações e Pesquisa, situadas em Fortaleza, Salvador, Belo Horizonte e Belo Horizonte, respectivamente.
Em 2000, decidiu-se pela reunião das quatro Centrais em uma única entidade, a Sede, que ficou estabelecida em Belo Horizonte, e a reativação dos Grupos de colaboradores livres, nas diversas cidades onde a CASA tem seus Núcleos.
Contando com a participação ativa desses colaboradores, a CASA propõe-se à vivência de uma consciência intensificada e ampliada que, fiel ao ensinamento de Sri Aurobindo, busca união permanente com o Mais Alto, abraçando vida e trabalho como campo de crescimento e serviço.
Tentar explicar a experiência e proposta da Casa Sri Aurobindo é, sobretudo, falar de como a experiência de um homem, um dançarino – Rolf Gelewski –, como movimento corporal consciente se transformou para ele em porta de acesso a dimensões mais altas e mais profundas de seu ser individual bem como às raízes da experiência humana de viver e expressar-se por meio de um corpo físico; de como ele transformou sua experiência em propostas capazes de beneficiar não somente a dançarinos, mas a toda pessoa interessada e disposta a experimentar o movimento não só como fator de bem estar físico, mas de crescimento pessoal integral.
A CASA SRI AUROBINDO – Núcleo para o Livre Desenvolvimento da Consciência – é uma associação civil sem fins lucrativos, fundada em 1971 por Rolf Gelewski.
Sem caráter político ou sectário, propõe meios para o autoconhecimento e o autodesenvolvimento através da expressão criativa, utilizando como meio principal elementos da Arte (ritmo, movimento, música, poesia, linguagem falada, artes visuais).
Sri Aurobindo – poeta, pensador, mestre espiritual indiano (1872-1950),
Mira Alfassa (A Mãe) – artista francesa, continuadora do trabalho de Sri Aurobindo (1878-1973),
Rolf Gelewski – dançarino, coreógrafo e professor alemão naturalizado brasileiro (1930-1988).
EVOLUÇÃO – Sri Aurobindo identifica a evolução do atributo do ser que é a CONSCIÊNCIA como sendo o movimento e motivo central da manifestação universal: Matéria, Vida, Mente são estágios já realizados desta evolução; o próximo estágio, em vias de manifestação, é o que ele chama a Supramente.
Em sua obra principal, SAVITRI, um poema épico de grandes dimensões, Sri Aurobindo expressa a epopeia desta evolução como um diálogo/embate entre o Amor e a Morte, com a vitória final do Amor possibilitando à Terra a plena manifestação de suas potencialidades divinas.
Na prática: o ser humano é transitório; mas é, ao mesmo tempo, corresponsável por seu destino individual e coletivo e, como expressão mais alta da evolução até então realizada, também pela Terra – “O homem é o pastor das criaturas.” DOM TIMÓTEO AMOROSO ANASTÁCIO
MATÉRIA/ESPÍRITO – Para Sri Aurobindo, Espírito e Matéria não se negam ou contradizem, ou o fazem só em aparência; para ele, a Matéria é forma do Espírito, e está destinada a manifestá-lo plenamente, sem diminuição ou distorção.
Na prática: se a Matéria é Espírito, todas as coisas são formas do Espírito; devem, por isto, ser tratadas com todo zelo e respeito, sem descuido, desleixo ou desperdício. A matéria do corpo físico individual é a porção da Matéria universal que nos é dada para que a “colonizemos” e infundamos nela o máximo de consciência possível – ou, antes, ajudemos a despertar a consciência que já está latente nela.
SÍNTESE/INTEGRAÇÃO – Os modos de consciência do Ocidente (material, voltado para fora, para a conquista material, tecnológica) e do Oriente (contemplativo, voltado para dentro, para a realização espiritual), não são irreconciliáveis – podem e devem ser integrados, para uma plena manifestação dos potenciais da consciência humana.
Na prática: realização material e espiritual não se contradizem nem se excluem mas se completam para uma integração feliz do indivíduo plenamente realizado com um mundo que se torna também expressão da plenitude do Espírito.
UNIDADE NA DIVERSIDADE – Na Natureza, a diversidade é um princípio básico de criação: não existem sequer duas folhas de relva que sejam idênticas. Sabemos que a reprodução sexuada é o mecanismo que ela utiliza para que, a cada vez, não nasçam clones, mas indivíduos diferentes, únicos. Todavia, seu jogo é também buscar sempre reencontrar a unidade na e através desta diversidade. Este princípio é válido também na esfera espiritual: Unidade e Diversidade são polos que se complementam.
Na prática: nas opiniões, costumes, crenças, valores a diversidade, as diferenças devem não somente ser toleradas, mas compreendidas, respeitadas, afirmadas e mesmo incentivadas como necessárias à riqueza da manifestação e da experiência humana.
A VIDA TODA É YOGA – Não só os momentos dedicados a práticas como oração ou meditação favorecem o desenvolvimento espiritual: a vida inteira, com seus múltiplos contatos, choques, experiências, relacionamentos, desafios, constitui um vasto campo de possibilidades para o autoconhecimento e o crescimento pessoal e espiritual, o cadinho onde os crescimentos interiores são testados e consolidados.
Na prática: não há mais espaço para distinções como “mundano” e “espiritual”: tudo é sagrado e deve ser vivido de forma consagrada.
TODAS AS POSSIBILIDADES DO MUNDO NO HOMEM ESTÃO ESPERANDO, COMO A ÁRVORE ESPERA EM SUA SEMENTE – Na humanidade como um todo, assim como em cada indivíduo, estão latentes potencialidades infinitas de ser, esperando por nossa escolha e chamado. Tal como a árvore, que cresce simultaneamente em direção ao céu e para dentro da terra, podemos vivenciar o crescimento simultâneo da dimensão sutil, espiritual, e de uma ancoragem sempre mais efetiva no corpo, na vida e no mundo. Pode-se entender, também, que à medida que se apropria de sua luz, a pessoa se torna mais capaz de defrontar suas próprias sombras.
O SUPRACONSCIENTE, NÃO O SUBCONSCIENTE – “O supraconsciente, não o subconsciente, é a verdadeira fundação das coisas. O significado do lótus não será descoberto pela análise dos segredos da lama da qual ele cresce; seu segredo deve ser encontrado no arquétipo celeste do lótus que floresce para sempre na Luz acima”. SRI AUROBINDO
Na prática: há uma centelha divina, uma realidade luminosa no âmago de todo e cada ser, e cabe a cada um buscar, descobrir e manifestar isto, apesar e contra todas as dificuldades e limitações que possa haver em sua natureza.
“O reino dos Céus está dentro de vós; é um tesouro oculto que deveis descobrir, é uma luz debaixo do velador que deveis pôr no candelabro, é uma pérola no fundo do mar que deveis trazer à tona”. JESUS DE NAZARÉ, CITADO POR HUBERTO ROHDEN
O enfoque do trabalho é sobretudo educacional, formativo, não estético ou terapêutico, embora jamais dispensando o elemento lúdico que é inerente à expressão artística.
Algumas premissas orientam este enfoque. Enquanto Sri Aurobindo propõe as linhas mestras de um Yoga Integral, que mobiliza todas as potencialidades da consciência na busca intensificada por descobrir e manifestar esta natureza luminosa, divina, Mira Alfassa, a Mãe, torna esta visão acessível a todos, formulando os princípios de uma Educação Integral; partindo da constituição básica do microcosmo que é a pessoa humana em planos de consciência (físico-corporal, vital, mental e psíquico-espiritual), ela fornece, em detalhe, chaves simples e efetivas para a compreensão e educação destes aspectos da natureza humana. Uma destas chaves é a percepção de que para toda sombra encontrada há uma luz correspondente a ser descoberta; uma grande fraqueza descoberta é o sinal infalível de que há uma grande força a ser encontrada e manifestada.
A CARRUAGEM – Partindo da premissa dos planos de ser e consciência, e adaptando uma parábola de Sri Ramakrishna (o mestre espiritual indiano do século XIX) sobre a jornada que é cada ser e cada vida, formulamos vivências baseadas na seguinte correspondência:
A CARRUAGEM – O CORPO
Tem de ser sólido, bem estruturado e respeitado, mantido com todo o zelo; mas depende, para mover-se, da força vital dos
CAVALOS – O SER VITAL
A energia, a dinâmica da vida, emoções, sentimentos; poderosa e bela, como os cavalos, depende da condução esclarecida, racional, do
COCHEIRO – O SER MENTAL
Instrumental a ser enriquecido e ampliado, para cuidar bem da “carruagem” e dos “cavalos”, e traçar rotas para a viagem rápida, segura e proveitosa do
PASSAGEIRO – O SER PSÍQUICO/ESPIRITUAL
Inicialmente e por longo tempo um incógnito, viajando atrás de véus/cortinas, recolhido e aparentemente inativo, a presença do passageiro é a razão de ser deste conjunto e da viagem. Dele irradia, de forma silenciosa, o impulso, o estímulo, o comando, a sustentação nas adversidades que tornam possível esta árdua jornada por entre dias e noites, planícies e vales e montes e jardins e desertos que é a vida.
O PRIMEIRO: Nada pode ser ensinado.
“Nada pode ser ensinado à inteligência que já não seja conhecimento oculto em potência na alma que desabrocha”. SRI AUROBINDO
O SEGUNDO: A mente tem de ser consultada em seu próprio crescimento.
“Cada um tem em si algo divino, algo bem seu, uma chance de perfeição e força em uma esfera por menor que seja, que Deus oferece a ele para pegar ou recusar. A tarefa é encontrar isto e desenvolvê-lo e usá-lo. O objetivo principal da educação deveria ser ajudar a alma em crescimento a extrair de si o que é o melhor e torná-lo perfeito para um uso nobre”. SRI AUROBINDO
O TERCEIRO – Trabalhar a partir do que está perto para o que está distante,
a partir do que é para o que deve ser.
“O passado é nossa fundação, o presente nosso material, e o futuro nosso objetivo e cume”. SRI AUROBINDO
“O conjunto de música, artes plásticas e poesia é uma perfeita educação para a alma; elas tornam e mantêm seus movimentos purificados, autocontrolados, fundos e harmoniosos. [As artes] são, quando adequadamente usadas, grandes forças educadoras e civilizadoras”.
SRI AUROBINDO
Para Sri Aurobindo, a BELEZA é um aspecto do Ser Divino, tão importante quanto Poder, Conhecimento, Amor.
A arte impõe ordem e harmonia ao caos de materiais e possibilidades; expressa a necessidade humana de beleza, mesmo que, no extremo, pela aparente negação da mesma.
A arte é instrumento privilegiado para o desenvolvimento, refinamento, integração dos vários aspectos e planos do ser.
Sri Aurobindo identifica três níveis em que esta manifestação da consciência humana se expressa:
1° nível: função estética e de entrenimento;
2° nível: função educativa/ formadora;
3° nível: espiritual.
Sem excluir o primeiro nível, escolhemos formas de arte que manifestem predominantemente o segundo, abram janelas e portas para o terceiro ou, eventual e mais raramente, já o expressem.
Todos experimentam alegria ao dançar – e Rolf formulou uma explicação profunda e original para isto:
“Contam os Vedas que nosso universo foi criado pela dança de um deus, o deus Shiva. Então iniciou-se tudo pela entrega de um ser divino ao ritmo, ao poder e à alegria de dançar: tudo originado por uma vibração deliciada, tudo vindo da beatitude e grandeza de um supremo dar-se, da total e onipotente rendição ao movimento e deleite criativos.
E não reside um secreto deleite, não existe algo como um fundo reflexo de alegria em tudo que percebemos como movimento? Vejam as ondas quando se jogam e erguem e quebram, velas e folhas ao vento, ou o rolar de uma pedra lançada numa ladeira, o forte advento da chuva, lágrimas que caem e fontes que se projetam no alto – e a vida multiplica, intensifica, faz jorrar movimento e deleite: cavalos correndo, cobras lutando, voos de gaivotas e assaltos de tigres, lento abrir-se de olhos, nascer de um sorriso, flancos respirando e as sutis explosões no desabrochar de um lírio, e nossas mãos procurando, oferecendo, acarinhando.
‘A realidade do universo é essencialmente Alegria. O universo foi criado na Alegria e para a Alegria’ (MIRA ALFASSA). Na origem de nosso mundo – nós esquecemos isto – está uma divina alegria, e a cada coisa e ser é inerente a vibração desta alegria. E como deleite e movimento provêm, intimamente unidos, da mesma fonte, podemos dizer que dança e alegria são uma só coisa, que a dança nasceu da alegria, e que é a alegria, oculta no mundo, nas coisas e no homem, que nos impele para dançar.
Não seria então a dança, essa mais fiel e mais direta réplica do divino movimento original, o meio mais próprio para nos aproximar e pôr em contato com a Força que nos criou? Não seria a dança o instrumento verdadeiro da evocação dos poderes cósmicos e divinos e da crescente interligação com eles? Não significaria ela o elementar poder- de-união, poder-de-criação e a presença da mais pura felicidade? E realmente, se a nossa dança, se nossa vida estivesse transbordando da mesma vibração deliciada que houve no princípio da criação, se ela fosse repleta da beatitude e grandeza de um supremo dar-se, nós estaríamos numa crescente harmonia e união com tudo”.
ROLF GELEWSKI
Numa aula típica de uma das oficinas e cursos da Casa, em que a linguagem utilizada seja predominantemente o movimento, os seguintes elementos podem ser incluídos e trabalhados: exercícios para o aquecimento corporal, bem como para o desenvolvimento de uma consciência básica do próprio corpo, em suas partes e em sua totalidade; estas sequências, muitas delas desenvolvidas pelo próprio Rolf, possibilitam também uma inicial, efetiva unificação corpo-energia vital-mente. O sentido de PRESENÇA NO CORPO é aí fortemente trabalhado.
A este momento pode seguir-se uma vivência com RITMO, com ou sem música, que visa tanto a mobilização da energia e o exercício da coordenação corpo-tempo-espaço, quanto uma HARMONIZAÇÃO inicial do grupo (com frequência estes exercícios são feitos em roda).
Segue-se um momento de AQUIETAMENTO/RELAXAMENTO, que pode se desdobrar em experiências com música, em que são exercitadas diferentes formas de OUVIR e em que se busca uma efetiva sensibilização do corpo físico à vibração e presença da música, já que esta é, na maioria das propostas, o elemento motivador e condutor da vivência.
Na sequência, exercícios que visam desenvolver e enriquecer o VOCABULÁRIO DO MOVIMENTO, a inserção consciente e criativa da pessoa no tempo/espaço: princípios polares como imóvel/em movimento, contraído/dilatado, alto/baixo, muito/pouco, forte/fraco, indivíduo/grupo. Nesta fase, trabalha-se com frequência o sentido de PERCEPÇÃO/DISTINÇÃO, sendo o participante motivado a identificar aspectos da estrutura da música, como subdivisão em partes, contrastes/alternâncias, bem como aprofundar a percepção e compreensão da natureza da música, das motivações de seu criador, do contexto artístico-histórico-cultural em que ela foi criada. Para isto, recorre-se também a outros elementos e linguagens, como poesia e artes plásticas. Busca-se, aqui, trabalhar a partir da mais vasta e ampla gama possível de expressões artísticas e musicais – do popular ao experimental, do étnico-tribal ao erudito, do ocidente ao oriente, do ancestral ao contemporâneo-futurista – de modo a enriquecer e ampliar, por sua vez, a vivência do participante e sua compreensão da experiência humana que se expressa através da criação artística.
Segue a fase das vivências propriamente ditas. Todos os aspectos da vida e da busca interior-espiritual (ações/vivências como brincar, cantar, lutar, sorrir, orar, dar, receber, aspirar, confiar, celebrar etc. constituem pequena amostra da imensa gama de experiências possíveis) podem ser experimentados de forma intensificada através da dança, da expressão criativa em geral.
Qualquer que seja a linguagem artística utilizada, buscamos trabalhar, sobretudo, a partir de uma abordagem espontânea – a técnica reduzida ao mínimo necessário – de modo a possibilitar que aflore mais facilmente o artista, o ser criador que está na alma de cada um.
Não há pré-requisitos, a não ser a disponibilidade para experimentar e experimentar-se.
A mais perfeita expressão e síntese da busca e proposta iniciada por Rolf – integrar plenamente o corpo num trabalho de autoconhecimento e auto-aperfeiçoamento da totalidade da pessoa humana, de assumi-lo plenamente como veículo – chance – instrumento – tarefa para a descoberta das dimensões interiores-espirituais – se encontra em seu poema “Este Corpo”:
ESTE CORPO
Seja amor o fôlego, amor o sangue
Amor o olho e a cabeça e o coração deste corpo.
Seja alegria sua vida, alegria seu cérebro
Alegria a carne e o pé
Deste corpo.
Seu tronco seja confiança, fé seus membros,
Doçura cada movimento.
Seja alma a pele.
Dá Tua Luz
Dentro deste corpo
Dá
Rogo
Tua Força
Rogo
Dá
Sê
Tu mesmo
Este corpo.
ROLF GELEWSKI
Traduzir para o português as obras de cunho educacional, cultural e espiritual de Sri Aurobindo, d’A Mãe, bem como de outros autores, de pensamento e visão congêneres e/ou complementares, assim como publicar trabalhos, métodos, exercícios e materiais a partir da própria experiência desenvolvida por Rolf Gelewski e pelo grupo de colaboradores da CASA;
● Realizar um amplo trabalho educacional de acordo com seus princípios, mediante palestras, aulas, cursos, recitais de dança espontânea, seminários, fitas gravadas, livros e demais publicações. E ainda, manter intercâmbio e participar de eventos promovidos por instituições congêneres educacionais, culturais e espirituais;
● Manter acervo bibliográfico (biblioteca para atendimento aos colaboradores e público em geral) e fitotecas de apoio ao desenvolvimento das diversas atividades;
● Possibilitar às pessoas que queiram doar-se à realização dos objetivos da CASA, integrar-se aos trabalhos, cursos, treinamentos e experiências em geral, numa busca de identificação com os princípios básicos do Yoga Integral de Sri Aurobindo, assim como aceitá-las em estágios.
A casa organiza eventos idealizados por Rolf Gelewski, com cursos ministrados por integrantes da CASA, por colaboradores livres e por convidados especiais, duas vezes por ano: os “ENCONTROS CASA” em janeiro, e a “SEMANA SRI AUROBINDO” em julho. Estes eventos têm de três a cinco dias de duração, com programação intensa e diversificada, possibilitando aos participantes hospedagem e alimentação no próprio local das atividades por todo o período. Nessas ocasiões, realiza também o “Treinamento Especial de Colaboradores” – TREINESP, com dois a três dias de duração, em geral antecedendo os períodos dos eventos acima. O “TREINESP” tem a finalidade de aproximar e desenvolver os vários Colaboradores das diversas cidades onde a CASA tem seus Grupos de trabalho e também aos colaboradores isolados e é realizado sempre gratuitamente.
A vida, em todos os seus graus, do elementar até o mais elevado, busca felicidade e luz. E nossa dança, o movimento concentrador, libertador e transformador do ser humano, ajuda nesta busca. Através da dança, do movimento e deleite criativos, podemos despertar, descobrir-nos, podemos caminhar, pode o ser humano fazer sua viagem do não-ser ao ser verdadeiro, da escuridão à Luz, da morte à imortalidade”.
ROLF GELEWSKI
Poeta, pensador yogue e mestre espiritual indiano. Dotado de poderosa e abrangente visão de síntese, integrou os modos de consciência do Oriente e do Ocidente. Formulando os princípios de um Yoga Integral, anunciou e preparou, em escala individual e coletiva, a manifestação iminente de um grau de consciência até então imanifesto, a Supramente, ou a Consciência-Verdade, na qual se integram dinamicamente o indivíduo e o todo, a Matéria transformada e o Espírito.
Foi educado na Inglaterra, posteriormente tornando-se um líder para a libertação da Índia do domínio Britânico. Começou a praticar o Yoga não apenas como um trabalho espiritual, mas para obter uma força interior para uso nos bastidores da cena política. Como progrediu muito rapidamente no Yoga, decidiu deixar o movimento revolucionário para dedicar-se integralmente ao Yoga.
Seus textos não são o resultado de um trabalho intelectual, mas relatos de suas próprias experiências espirituais. A partir destas, formulou, entre outros, sua “Síntese do Yoga”, ou o “Yoga Integral” onde unifica os princípios das diversas linhas de yoga em um todo harmônico e coerente. Essencialmente, Aurobindo diz que a evolução ainda não terminou, que um novo princípio de consciência deve emergir, a Supramente, e o Yoga é uma tomada de consciência e um auxiliar conscientemente a Natureza em seu processo evolucionário.
Notas Biográficas
The Open University
Man’s Religious Quest
Units 6, 7 and 8: Hindu Patterns of Liberation
The Open University Press, 1978, Manchester, England
Sri Aurobindo foi influenciado pela cultura europeia (foi educado na Inglaterra), escreveu, pelo menos parcialmente, para leitores europeus, e foi profundamente preocupado com problemas modernos, como a independência da Índia, a influência dos modos de pensamento ocidentais e cristãos, considerando que pelo menos o sistema de valores ocidental parecia ser mais progressivo.
É considerado neo-hindu, isto é, apresenta continuidade com a tradição hindu, mas ao mesmo tempo representa uma ruptura significativa com aquela tradição.
Aurobindo representa uma síntese de opostos aparentemente irreconciliáveis: é ao mesmo tempo ocidental e oriental, antigo e contemporâneo, místico (disciplina espiritual) e infalivelmente prático (ativismo histórico).
Diferentemente de qualquer outro mestre indiano moderno, a influência de Sri Aurobindo somente agora (1980) está começando a se propagar. Nos anos vindouros, o significado de seus ensinamentos serão cada vez mais difíceis de serem separados do significado dado a esses ensinamentos pelas atividades de seus discípulos. Portanto, Sri Aurobindo não é somente um grande mestre espiritual, mas ele pode ser apropriado por um movimento religioso ou um culto em formação.
Sri Aurobindo meditou sobre o Gita durante o ano em que esteve preso em Alipur (1908-1909) por envolvimento revolucionário contra o imperialismo britânico na India. Posteriormente (1912-1921) escreveu comentários sobre o Gita tentando mostrar que cada um dos yogas do Gita – Karma (ação impessoal), Jnana (conhecimento do Si) e Bhakti (entrega ao Divino) – precisa ser compreendido e praticado em uma estrutura maior e mais integral.
A peculiaridade do pensamento de Sri Aurobindo é ressaltada na questão da Não Violência, característica de todas as formas de Yoga. Sri Aurobindo sustenta que em algumas situações a violência pode ser necessária. Em 1942 foi o único entre todos os mestres espirituais indianos que insistiu que era o dever da Índia juntar-se à Inglaterra na luta contra os Nazistas, pois o processo evolucionário poderia ser significativamente retardado por aquilo que ele chamava “os poderes da escuridão”.
Sri Aurobindo retirou-se das atividades políticas em 1910 e dedicou todas as suas energias à disciplina do conhecimento espiritual. Durante seus primeiros anos em Pondicherry ele afirmou que estava suficientemente avançado em técnicas de meditação para ser capaz de pôr sua mente em contato com fontes mais profundas de conhecimento ou verdade. Ele também meditou sobre os ensinamentos dos Vedas, Upanishads e Bhagavad Gita. Entre 1914 e 1921, a experiência e insights obtidos durante os quatro anos anteriores resultaram em mais de 4000 páginas de escritos filosóficos e espirituais (A Vida Divina, A Síntese do Yoga, Ensaios sobre o Gita, O Ciclo Humano, O Ideal da Unidade Humana, Segredos do Veda). O tratado espiritual “A Vida Divina” (1000 páginas) contém suas teorias originais sobre o Conhecimento, Realidade, Si, e os Estágios da Evolução. Todas essas teorias foram influenciadas por sua experiência no Yoga.
Sri Aurobindo explicou em uma carta a um discípulo que nunca foi um filósofo, mas aquilo era resultado de sua prática de Yoga, ele apenas expressava, em um nível intelectual, os insights que ele tinha atingido pela experiência espiritual. É então importante compreender que o conteúdo da filosofia de Aurobindo é baseado mais essencialmente em sua experiência espiritual que em seu estudo das filosofias ocidentais e do pensamento filosófico indiano.
Os ensinamentos de Sri Aurobindo partem daqueles dos antigos sábios da Índia: que por detrás das aparências do universo existe a realidade de um ser e consciência, um Si de todas as coisas, um e eterno.
A matéria pode evoluir em planta, animal e vida humana somente porque foi impulsionada por uma compulsão interior para assim o fazer. Esta mesma compulsão está presentemente impulsionando a humanidade a aspirar em direção à Supramente.
O sistema de Sri Aurobindo consiste de muitas idéias intimamente relacionadas, cada uma das quais é suportada pela coerência interna do próprio sistema, e externamente pela correspondência do sistema com a experiência histórica, filosófica e espiritual.
Em 1926, Sri Aurobindo experienciou em seu próprio corpo uma força espiritual que ele chamou Sobremente (Overmind), um nível de poder espiritual, ou consciência, acima da intuição mas abaixo do poder transformativo decisivo que ele associou a seu conceito de Supramente.
Sri Aurobindo escreveu em 1934: “A consciência da Mãe (Mira Alfassa) e a minha são a mesma, a Consciência Divina una em dois, porque isso é necessário para o jogo. Nada pode ser feito sem seu conhecimento e força, sem sua consciência – se alguém sente realmente sua (d’A Mãe) consciência, deveria saber que eu estou lá por detrás e se ele sente a minha, isso é o mesmo com a dela.
Sri Aurobindo declara: “Nossa meta não é … fundar uma religião ou uma escola de filosofia ou uma escola de Yoga, mas criar uma base e um caminho que irão trazer para baixo uma verdade maior além da mente, mas não inacessível à alma e consciência humanas”.
E também: O caminho de Yoga seguido aqui tem um propósito diferente dos outros – pois sua meta não é apenas emergir da ordinária e ignorante consciência-de-mundo para dentro da consciência divina, mas trazer o poder supramental daquela consciência divina para baixo, para a ignorância da mente, vida e corpo, transformá-los, manifestar o Divino aqui e criar uma vida divina na matéria.
Como Sri Aurobindo notou em uma de suas cartas, seu yoga é um yoga extremamente difícil; para muitos ou para a maioria parecerá impossível. Em vista do necessário comprometimento espiritual esperado dos discípulos, nem Sri aurobindo nem A Mãe, nem os próprios discípulos, tentaram converter pessoas buscando novos discípulos, e geralmente tem evitado um perfil altamente público adotado por muitos dos grupos religiosos indianos proeminentes no ocidente.
Sri Aurobindo alertou: “Um movimento, no caso de um trabalho como o meu, significa a fundação de uma escola ou seita ou algum outro condenável non-sense. Significa que centenas de milhares de pessoas sem nenhum valor para o propósito se aproximariam e corromperiam o trabalho ou o reduziriam a uma pomposa farsa, da qual a Verdade que estava descendo, retiraria-se para segredo e silêncio. É isso o que tem acontecido às religiões, e essa é a razão de seu fracasso.”
Artista e musicista francesa, continuadora do trabalho de Sri Aurobindo, organizou e conduziu a comunidade do Sri Aurobindo Ashram. Realizando na prática a visão do Mestre, formulou os princípios de uma Educação Integral. Em seus últimos anos, vivenciou e descreveu processos de transformação do corpo físico, descobrindo e experienciando a Consciência Celular e sua abertura e permeação pela consciência mais alta, assim desbravando um caminho para a supramentalização integral do ser.
Esteve na Índia em 1914, quando conheceu Sri Aurobindo. Retornou à França durante a 1ª Guerra Mundial e voltou definitivamente à Índia em 1920, criando juntamente com Sri Aurobindo o “Sri Aurobindo Ashram”. Em 1924, com a retirada de Sri Aurobindo a um aposento do Ashram, A Mãe tomou a direção prática da comunidade, que conduziu até sua morte. A Mãe ocupou-se em explicar o pensamento de Aurobindo aos discípulos em termos simples, ocupou-se em orientar e coordenar as diversas atividades do Ashram, e também a desenvolver um trabalho interior na busca dos ideais de Sri Aurobindo. Deixou também muitos trabalhos escritos, resultados também de suas vivências interiores.
Notas Biográficas
Nascida em Paris em 21 de fevereiro de 1878, filha de mãe egípcia e pai turco, ambos materialistas inflexíveis. Completou estudos de piano, pintura e matemática avançada. Em seus primeiros anos, experiências espontâneas levaram-na a viagens fora de seu corpo, para o passado da terra, e sem sua compreensão, levaram-na à descoberta de “vidas passadas”. Em 1897, com 19 anos, casou-se com Henri Morriset, um estudante do artista francês Gustave Moreau, e tornou-se amiga de Rodim e também de todos os grandes artistas do período impressionista. Com a idade de 26 anos, ela teve diversos sonhos com Sri Aurobindo – de quem nunca tinha ouvido falar – e tomou-o como uma “divindade Hindu”. Mais tarde fez contato com Max Theon, um caráter enigmático com poderes ocultos extraordinários, o qual pela primeira vez deu a ela uma explicação coerente de suas experiências e lhe ensinou ocultismo durante duas longas visitas à Algéria. Em 1908, com 30 anos, divorciou-se de Morisset e mergulhou no estudo de filosofia com Paul Richard, com quem em 1910 visitou Pondicherry, uma colônia francesa na Índia onde Sri Aurobindo buscou refúgio dos britânicos. Ela acompanhou Richard a Podicherry em 1914 e encontrou Sri Aurobindo pela primeira vez em 29 de março: “Ele, a quem nós vimos ontem, está na terra”.
Ela passou um ano em Pondicherry, e então quatro anos no Japão com Richard. Retornou a Sri Aurobindo em 1920, passando pela China. Quando Sri Aurobindo “retirou-se” para seu quarto em 1926, para devotar-se exclusivamente ao “yoga supramental”, ela organizou e desenvolveu o “Ashram” a partir do nada.
Depois da partida de Sri Aurobindo em 1950, ela fundou o “Centro Internacional de Educação” e, no decorrer de muitos anos e incontáveis conversas com seus discípulos, tentou despertá-los para a “nova consciência”. Finalmente, em 1958 ela retirou-se para seu quarto para chegar à raiz do problema: o “yoga das células” que levou-a à descoberta de uma “mente celular” capaz de reestruturar a natureza do corpo. De 1958 a 1973, ela lentamente desvelou a “Grande Passagem” para a próxima espécie e um novo modo de vida na Matéria. Esta é a Agenda (anotações). Em 1968 ela fundou Auroville, a poucas milhas de Pondicherry, como um “laboratório para a nova evolução”.
Em 17 de novembro de 1973 A Mãe deixou o corpo.
Dançarino e coreógrafo alemão naturalizado brasileiro, fundador da CASA Sri Aurobindo.
Desenvolveu um rico acervo de propostas educacionais, o qual integra harmoniosamente sua experiência vivencial e pedagógica na área de expressão artística aos ensinamentos de Sri Aurobindo e d’A Mãe, e constitui um meio efetivo para auto-percepção, auto-educação e educação de outros.
Nasceu em Berlim, Alemanha, em 7 de abril de 1930. Experiência marcante de infância e adolescência: a Segunda Guerra Mundial. Após a guerra ocupa-se intensamente com música, pintura e poesia, até encontrar a dança. Decide-se então pela última como caminho de vida, estudando dança criativa com Mary Wigman, Marianne Vogelsang e na Escola Federal de Dança, em Berlim. Entre 1953 e 1960 é dançarino solista do Teatro Metropolitano e professor. Desde o começo de seus estudos, cria suas próprias danças, sempre apresentando-se em recitais solísticos.
Em 1960 muda-se para o Brasil, a convite da Universidade Federal da Bahia, para estruturar o Curso de Dança daquela Universidade, onde foi professor até 1975. Nesse período ocupa também os cargos de Diretor da Escola de Dança, Dirigente e Coreógrafo do Grupo de Dança Contemporânea e Chefe do Departamento de Integração e Educação Artística. Publica pela UFBa vários trabalhos didáticos para o ensino de Dança. Desde 1960 realiza recitais solísticos no Brasil, assim como apresentações no exterior. Em 1970 e 1971 trabalha como professor convidado em algumas universidades norte-americanas.
De 1967 a 1971, a convite do Goethe Institut, faz várias tournées pela Índia e pelas Filipinas. Em 1968 dá-se então seu primeiro contato direto com o Sri Aurobindo Ashram, comunidade espiritual na Índia do Sul, onde conheceu A Mãe. Este contato causou um impacto profundo em seu ser, resultando numa mudança decisiva e progressiva de sua vida. A partir de então, retorna algumas vezes ao Ashram, onde residiu durante um período.
Em março de 1971, começou a viver em comunidade com um grupo de jovens em Salvador, e é desta comunidade que nasce, em setembro do mesmo ano, uma sociedade, a “CASA Sri Aurobindo”, tendo Rolf como Presidente e ocupando a comunidade o lugar central na realização dos propósitos da CASA.
Em 1975 Rolf deixa a Universidade e passa a dedicar-se exclusivamente ao trabalho da CASA Sri Aurobindo. Sua vida torna-se a vida da CASA.
Desde 1973, Rolf escreveu e publicou pela CASA trabalhos que enfocam, particularmente, a educação, a conscientização e desenvolvimento do corpo, e a prática da interiorização e concentração. Suas atividades foram a direção da CASA, a edição da revista mensal “Ananda” e de outras publicações, entre elas as primeiras traduções das obras de Sri Aurobindo e de sua congenial companheira espiritual, A Mãe, em língua portuguesa.
Também encarregou-se do programa de expansão da Casa, realizando com o apoio constante dos colaboradores recitais solísticos de dança, cursos de concentração e interiorização, além de palestras e seminários sobre temas variados. A partir desse trabalho, foram sendo formados Núcleos de colaboradores livres em diversas cidades de muitos Estados do Brasil.
Na busca de seus objetivos essenciais, Rolf criou diversas propostas de trabalho envolvendo as diversas partes do ser (físico, vital, estético-emocional, mental-cultural e espiritual) baseadas na filosofia e Yoga de Sri Aurobindo. Estas propostas são, hoje, a base do trabalho prático da CASA, que, como Rolf, apóia-se inteiramente nos ensinamentos de Sri Aurobindo e d’A Mãe.
Neste trabalho ao longo dos anos, Rolf desenvolveu um movimento muito próprio de percepção visual a partir de fotos e gravuras em combinação com reflexões de natureza mais profunda, e lançou propostas para um treinamento e sutilização de nossas faculdades mentais e sensoriais, através do manuseio construtivo-criativo de materiais concretos.
O objetivo que se almeja alcançar é: colocar-se à serviço da Verdade e ajudar para que um número crescente de indivíduos se conscientizem da necessidade de uma nova, mais profunda e mais total visão do mundo e da vida, abrindo-se ao mesmo tempo aos ricos potenciais em si mesmos e Àquilo que, desconhecido, para sempre ultrapassa tudo o que existe.
Rolf faleceu em um acidente automobilístico em 8 de janeiro de 1988, aos 58 anos,
em Feira de Santana – BA.
As atividades oferecidas foram combinadas e desenvolvidas por Rolf Gelewski, em forma de Cursos, Aulas Avulsas, Palestras-Aula, Palestras-Audiovisuais, Palestras-Recitais, Exposições-Recitais, Exposições, Recitais de Dança Espontânea, Trabalhos Criativos para crianças, adolescentes e adultos, Leituras-Reflexões, que consubstanciam nossos Treinamento de Instrutores, Seminários, Cursos a Orientadores e Educadores em nossas Sede, ou Grupos ou Escolas, Universidades e outros locais, atividades estas organizadas em Belo Horizonte (MG), Salvador (BA) e nas diversas cidades onde temos nossos Grupos de colaboradores livres, por iniciativa da CASA Sri Aurobindo ou a convite de outras entidades particulares ou públicas e ainda por iniciativas privadas.
Exercícios físicos para uma conscientização do corpo e uma identificação real com seu inato dinamismo e sensibilidade; desenvolvimento de suas capacidades de concentração, movimentação e expressão.
São oferecidas seqüências estruturadas de movimentos que, pela intrínseca concatenação de físico e vitalidade, possibilitam também ampliar, fortalecer, disciplinar e purificar partes da vitalidade. Importante, igualmente, a participação bem ativa da mente a qual, nestas seqüências, é chamada tanto para exercitar e intensificar seus poderes de atenção, percepção, distinção, organização e controle quanto para apoiar e crescentemente despertar a consciência no corpo.
O ritmo como energia e força reguladora inerente a tudo o que compõe nosso mundo, seu poder de ordenação do Tempo e sua multicapacidade de dinamização característica, constituem o secreto fio condutor dos trabalhos com ritmo (como no método “Proporção e Precisão”, por exemplo). Uma das finalidades deste trabalho é despertar e desenvolver as naturais faculdades e potencialidades de ritmo do ser humano, treiná-los e forjá-los e, desta forma, tanto estimular e fortalecer quanto disciplinar e modelar camadas básicas de sua vitalidade entremeadas diretamente com o físico, promovendo sua interligação com a mente que, no caso, é concebida como poder educativo, treinando, ordenando, disciplinando e desenvolvendo. A isto se acrescentam outros objetivos de caráter mais universal, visando atingir a pessoa mais psicológica e mesmo interiormente, no sentido de trabalhar poderes e qualidades como percepção e reação rápidas, paciência e vontade, as faculdades da lógica e da sensibilidade aguçada, a precisão em detalhes, o sentido de equilíbrio e de proporção, o dispor-se para um trabalho em grupo, etc.
Tem por finalidade conduzir o movimento corpóreo à possibilidade de manifestar espontânea e criativamente vivências nos planos vital, emocional, mental-intelectual e psíquico-interior.
Utiliza-se de recursos de apoio e realização, de elementos dos mais diversos campos da cultura humana e da vida, sempre colocando em primeiro plano a questão de seu valor sugestivo, estimulante, aprofundador, inovador, disciplinador e evolutivo para o trabalho criativo com a movimentação corpórea. Trabalha-se por exemplo, com música (percepção e análise de sua estrutura ou vivência de sua dinâmica ou de sua unidade e fluxo sustentador); dados básicos do espaço (direções e regiões fundamentais, deslocamentos e caminhos); ritmo; exercícios de concentração com movimentação reduzida; reflexões e diálogos a partir de colocações ou da leitura de textos selecionados; observação e análise de gravuras; poesias. Constituem-se afinal propostas para vivências em múltiplos níveis, abrangendo como fundamentais, os planos físico-vital, emocional e de sensibilidade, mental intelectual e interior-sutil; um chamado para auto-observação, auto-conhecimento e autoconstrução, para a criatividade e a coragem de buscar o Novo.
A dança espontânea desconhece e não se prende a formas fixas. É o movimento do corpo brotando no momento de sua realização, como manifestação direta das energias do ser, nada preconcebido ou elaborado. A única convenção da dança espontânea é que não há convenção. Liberdade, totalidade e sinceridade são suas verdades primeiras: é o livre jogo de energia pura, isento de todo e qualquer intento, o deleitado jorrar do movimento, do ritmo, da dinâmica, da expressão, e então aceitar viajar tanto pela alegria, pelos ares, pela luz, pelos céus quanto pelo sentimento, pelos abismos, pela escuridão, pelos infernos. Pureza total e entrega incondicional são a essência da dança espontânea. Dança, neste sentido, não é arte, cultura, profissão ou divertimento, mas é vivência, é a própria Vida, um poder de ação da grande energia que a tudo acorda, anima e faz evoluir.
Os variados trabalhos criativos, são todos favoráveis ao despertar e desenvolvimento da capacidade inventivo-formativa, realizam-se com o intuito de levar o indivíduo a uma percepção mais profunda e mais confiante de si mesmo, à descoberta do grande potencial inerente a ele e à possibilidade de expressar-se de maneira inteiramente própria e livre, bem como a uma abertura do ser ao novo e inesperado, através de diversificados meios de realização, tais como, percepção visual, percepção motora (energética e/ou rítmica), palavra e pensamento. Correspondentemente, os recursos utilizados nestas aulas são: música, linguagem, desenho, movimentação criativa, gravuras, exercícios criativos de concentração dinâmica, jogos educativos; convidando os exercícios para atividades tanto individuais como em grupo.
Os variados trabalhos criativos, são todos favoráveis ao despertar e desenvolvimento da capacidade inventivo-formativa, realizam-se com o intuito de levar o indivíduo a uma percepção mais profunda e mais confiante de si mesmo, à descoberta do grande potencial inerente a ele e à possibilidade de expressar-se de maneira inteiramente própria e livre, bem como a uma abertura do ser ao novo e inesperado, através de diversificados meios de realização, tais como, percepção visual, percepção motora (energética e/ou rítmica), palavra e pensamento. Correspondentemente, os recursos utilizados nestas aulas são: música, linguagem, desenho, movimentação criativa, gravuras, exercícios criativos de concentração dinâmica, jogos educativos; convidando os exercícios para atividades tanto individuais como em grupo.
Explanação oral, com estímulo à participação dos assistentes, de temas de cunho filosófico-espiritual ou educacional inerentes às idéias-guias da CASA, visando conduzir os participantes a uma reflexão, percepção, aprofundamento, questionamento dos mesmos e da sua vida e do mundo e da Vida no tocante a eles. Utiliza-se, geralmente, dinâmica e criativamente recursos auxiliares como projeção de slides, músicas e experiências sonoras, pequenos exercícios de concentração ou ritmo, gravuras, fotos, pinturas e desenhos, gráficos, leitura expressiva de textos, exploração de sons, demonstrações de seqüências de movimentos e até mesmo a dança espontânea, interligando os materiais escolhidos à culminância do objetivo de cada proposta.
Seleção de textos lidos e refletidos em conjunto segundo um tema objetivado para o trabalho
Partindo do princípio de que tudo o que é verdadeiro deve vir de dentro e de que a vida sem ser a busca do verdadeiro não tem sentido, eixo ou centro, as aulas de concentração-interiorização atendem à urgência do ser em estar reunido em um estado ou ação: o viver inteiro, o ser inteiro. Um processo que através da vontade mental dirigida afirma e fortalece o contato com o ser interior, com o poder de calma e clareza, com a inaudita força, consciência e riqueza que residem em nós.
Isto é buscado concretamente através de seqüências estruturadas de movimentação corpórea reduzida, audição de música, contemplação de gravuras e/ou fotos, manuseio prescrito ou semi-prescrito de materiais diversos didaticamente selecionados e organizados.
Como idéia, fazer exposição é um movimento que visa mostrar a multipotencialidade do homem levada à manifestação, e, como realidade, uma síntese de trabalhos nos mais diversos campos de criação artístico-cultural: dança, fotografia, pintura, visualização de idéias através de conjuntos de gravuras, visualização gráfica da forma e dinâmica musical, trabalhos de natureza editorial, tais como capas de livros, títulos elaborados para artigos, pensamentos escritos caligraficamente etc. E através de tudo isso, grandes temas se expressam tais como: “A Unidade que, Secretamente Une Tudo o que Existe e É”, ou, “As Íntimas Relações do Visível e Audível”, ou, “A Questão da Sinceridade na Criação Artística”.
A CASA SRI AUROBINDO
Núcleo para o Livre Desenvolvimento da Consciência
é uma associação de caráter filosófico-espiritual, sem fins lucrativos.
Para sua manutenção, contribuições e doações de pessoas físicas
identificadas com sua proposta são de importância fundamental.
Caso queira dar seu apoio financeiro, os dados da Casa são:
Banco Itaú S/A, Agência 1430 Conta Corrente 08311-1
CNPJ: 13.534.847/0001-06
Chave PIX: 13.534.847/0001-06
Whatsapp: 31-7558.5646